domingo - 06 - julho - 2025

Estados / Mato Grosso do Sul / Assembleia Legislativa: Executivo e parlamento abrem o ano em sintonia de discursos

APOIO. Resistência ao governo na Assembleia é praticamente nula

A abertura dos trabalhos de 2022 na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) e na Câmara Municipal de Campo Grande nesta semana não trouxe nada além do esperado: sintonia nos discursos de parlamentares e de seus respectivos chefes de Executivo – no caso, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o prefeito Marquinhos Trad (PSD).

O local onde o alinhamento se mostra mais acentuado é a Assembleia, na qual Reinaldo conta com amplo apoio e quase nenhuma resistência dos deputados estaduais, mesmo em temas mais polêmicos.

Por ora, nenhuma pauta do governo foi enviada para estudo da Casa de Leis este ano.

A liderança do Executivo ali deve permanecer com a tucana Mara Caseiro e outros postos devem ser definidos apenas na próxima sessão, marcada para acontecer na terça-feira (8).

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Contudo, já é possível apontar que regras relativas ao uso das ferrovias e do gás natural, que são de responsabilidade federal, mas devem respingar em questões regionais, também devem passar por análise dos parlamentares estaduais em 2022, assim que elas forem definidas em Brasília (DF).

“Reitero aqui minha sincera gratidão a cada parlamentar desta Casa de Leis. Destaco a parceria permanente que fizemos entre o Executivo e o Legislativo nesses anos em defesa das causas do Estado, mesmo quando foi necessário tomar medidas amargas para garantir a sustentabilidade da máquina pública estadual”, frisou Reinaldo no discurso durante cerimônia realizada na quarta-feira.

Na oportunidade, ele ainda aproveitou para ressaltar os feitos no comando do governo do Estado.

“Esse parlamento seguirá a responsabilidade delegada pela iniciativa popular. Não há democracia sem Poder Legislativo independente e forte. E a harmonia dos poderes é fundamental para uma sociedade mais próspera, digna e justa como a que estamos construindo para o Estado. Uma das filosofias dessa legislatura foi manter essa harmonia”, destacou o presidente da Casa, Paulo Corrêa (PSDB).

Câmara Municipal

Já na esfera municipal, os campo-grandenses devem esperar a continuidade da política da boa vizinhança entre Legislativo e Executivo, apesar de na Câmara existirem pontos maiores de resistência entre vereadores e prefeito.

O presidente do parlamento, vereador Carlão (PSB), destaca pontos de convergência entre os poderes locais.

“O povo espera entrega. O povo espera muita coisa da classe política. Temos a obrigação de ajudar o prefeito a fazer com que as coisas melhorem em Campo Grande. Temos esse compromisso e fomos eleitos para isso. Só através da política vamos mudar a vida das pessoas”, destacou Carlão, em discurso que ressoa entre a maioria dos ali presentes – estima-se que 22 dos 29 vereadores da Câmara façam parte de sua base.

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Porém, nem tudo são flores. Um dos discursos que mais chamou atenção foi feito por João Rocha (PSDB), ex-presidente da Casa, que em entrelinhas fez suposta crítica à gestão municipal. “Estamos em uma posição de obrigação, responsabilidade e compromisso. Compromisso de cumprir com a palavra empenhada. E assim se faz política”, discursou Rocha, com veemência.

Mesmo que ululem sobre o prédio do Legislativo campo-grandense temas importantes como uma possível CPI dos Ônibus, para apurar os motivos de problemas crônicos do transporte coletivo e até de toda a mobilidade urbana local, ou mesmo discussões sobre a situação da saúde pública da cidade, o Executivo municipal ainda não enviou projetos para análise dos vereadores, tal como ocorreu no Estado.

Em termos de poderes, a única definição é que a liderança da prefeitura na Casa segue nas mãos de Beto Avelar, correligionário de Marquinhos, e a vice-liderança fica com Sandro Benites (Patri).

Após a solenidade que abriu os trabalhos de 2022, prefeito, equipe e vereadores se reuniram para discutir projetos a serem analisados este ano. Contudo, nem todos ficaram satisfeitos, como é o caso do pedetista Marcos Tabosa. “A cidade não está bem das pernas e sempre são as mesmas desculpas”, afirmou.

Ano eleitoral

O comportamento dos parlamentares é algo que sempre chama atenção em período de eleições, e ter o apoio destes é um trunfo para os que possuem a máquina estatal.

Fonte: Correio do Estado

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