Promotor de eventos defende passaporte da vacina como motivação para quem não se vacinou, reconhece que pandemia não acabou, mas diz que setor tem condições de voltar (Foto: Luiz Gustavo)
De acordo com o presidente do Legislativo, Leandro Ribeiro (PP), a discussão envolverá a Secretaria de Saúde, a Vigilância Sanitária, a Vigilância Epidemiológica e o Executivo. Isso para, segundo Leandro, liberar, dentro das restrições necessárias, 50% do público com aferição de temperatura, álcool em gel e demais protocolos.
“O que a gente precisa fazer, é aprender a viver com essa pandemia porque senão as pessoas vão morrer de fome”, afirma o presidente da Câmara. Ele cita, ainda, a cadeia de profissionais afetados com os eventos paralisados. “Não somente nesse segmento, todos que geram emprego e renda precisam trabalhar”, diz o parlamentar.
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Passaporte da vacina
Para o produtor de eventos Werlan Moura, o setor tem condições de retomar as atividades. Ele defende a exigência da vacinação como ingresso em shows, a considerar o avanço da aplicação da primeira e segunda dose. “Defendemos o passaporte da vacina até como motivação para quem não se vacinou. Somos conscientes de que a covid-19 não acabou, mas hoje temos condições de voltar a trabalhar com segurança”, afirma.
Werlan lembra que o segmento foi o primeiro a parar e está sendo um dos últimos a voltar. Ele também justifica que o setor fomenta a economia local quando tem shows. No último, com a presença de Gusttavo Lima na cidade, em dezembro de 2019, Werlan afirma que 440 pessoas foram contratadas como mão de obra direta.
De acordo com o boletim epidemiológico de sábado (18/09), nenhuma das 109 vagas de enfermaria disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Saúde está ocupada em Anápolis. Do total de 93 leitos de UTI, 10 estão ocupados.
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Cautela e bom senso
De acordo com o médico infectologista Marcelo Daher, o passaporte da vacina pode ajudar em partes, tendo em vista que a imunização não protege 100%. O médico lembra que as medidas restritivas tiveram efeitos positivos no achatamento da curva, apesar de não impedir a transmissão da doença.
“De qualquer maneira, é importante que cada um entenda qual é o seu grau de risco, o seu grau de exposição e até onde quer ir. Qual o preço quer pagar por cuidar ou não cuidar da sua saúde”, afirma o médico.
“Por exemplo, se você vai em um evento onde tem 50% de liberação de ocupação máxima e você contrai a doença ali dentro, quem vai se responsabilizar? Para restringir, houve decreto. Para liberar, querem criar lei. É preciso bom senso nesse momento”, pontua.


