Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Além deles, outros dois passageiros do metrô rio e dois policiais civis ficaram feridos
Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro contra o tráfico de drogas na bairro Jacarezinho, na Zona Norte da capital fluminense, deixou ao menos 23 pessoas mortas e provocou um intenso tiroteio na manhã desta quinta-feira (6).
Entre os mortos está o policial civil André Frias, que foi baleado na cabeça, além de outros 22 suspeitos ainda não identificados pela corporação.
Além deles, dois passageiros do metrô foram baleados dentro de um vagão da linha 2, na altura da estação Triagem, e sobreviveram. Dois policiais civis também se feriram.
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Os passageiros foram imediatamente atendidos pelas equipes da estação e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. Um deles foi atingido de raspão no braço e levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar. O outro, ferido por estilhaços de vidro, foi levado para o Hospital Municipal Salgado Filho.
Segundo o MetrôRio, o acidente ocorreu “após o vidro de uma das composições aparentemente ser atingido por projétil vindo da área externa”. A empresa informa que a Linha 2 chegou a ter a operação interrompida, “devido a um intenso tiroteio na região”, mas já voltou a funcionar.
Operação
A Polícia Civil realiza nesta manhã a Operação Exceptis na comunidade do Jacarezinha, na zona norte do Rio. A ação é coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com o apoio do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Segundo a corporação, a DPCA recebeu denúncias de que traficantes vêm aliciando crianças e adolescentes para integrar a facção que domina o território. “Esses criminosos exploram práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia, entre outros crimes praticados na região”.
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O setor de inteligência da polícia identificou 21 integrantes do grupo, sendo possível “caracterizar a associação dessas pessoas com a organização criminosa que domina a região, onde foi montada uma estrutura típica de guerra provida de centenas de ‘soldados’ munidos com fuzis, pistolas, granadas, coletes balísticos, roupas camufladas e todo tipo de acessórios militares”.
De acordo com a Polícia Civil, a região do Jacarezinho é um dos quartéis-generais da facção Comando Vermelho na zona norte e abriga “quantidade relevante de armamentos” protegidos por barricadas e táticas de guerrilha adotadas pelo grupo criminoso.
Esta matéria está em atualização