sexta-feira - 11 - julho - 2025

Cidades / Goiânia: Na primeira turbulência política, prefeito de Goiânia Rogério Cruz responde com prontidão: “Paço não é a Igreja Universal”

Na primeira turbulência política, Rogério Cruz responde com prontidão:

Rogério Cruz, pastor licenciado da Igreja Universal: “Se alguém chegar aqui e me mostrar que tem um pastor aqui, sem ser o licenciado, eu deixo meu cargo”  // Foto: Divulgação

Em meio a troca de secretários, prefeito de Goiânia respondeu com contundência a insinuações do vereador Ronilson Reis de que integrantes da cúpula nacional da Igreja Universal, do partido Republicanos, estão dando as cartas na administração da Capital

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Manoel Messias Rodrigues

Visto com certa ressalva na função de prefeito de Goiânia – afinal chegou ao cargo como vice eleito cujo titular, Maguito Vilela (MDB), sequer chegou a assumir de fato –, Rogério Cruz, do partido Republicanos, demonstrou esta semana que está pronto para o embate político. Atacado na Câmara Municipal pelo vereador Ronilson Reis (Podemos), que acusou Cruz de entregar os destinos da gestão da Capital a interesses dos mandachuva da Igreja Universal, da qual o prefeito é pastor, Rogério Cruz respondeu prontamente às insinuações. Mais que isso: propôs um desafio ao denunciante.

O prefeito rebateu a denúncia de Ronilson Reis, que disse que a reforma do seu secretariado de Cruz, em andamento, ocorre sob pressão e influência da igreja.

“Eu acho que as pessoas precisam parar, porque aqui é o Paço Municipal, não é Igreja Universal como muitos dizem. Se alguém chegar aqui e me provar, me mostrar que tem um pastor aqui, sem ser o licenciado, eu deixo meu cargo. Fica o desafio”, disse Rogério Cruz.

Usando a tribuna da Câmara Municipal, na sessão de terça-feira (23/3), Ronilson Reis disse que “é lamentável ver que Goiânia está aberta a articulações políticas de gente envolvida em propina e condenação pela Lava Jato, por desvio de recurso público na Prefeitura do Rio de Janeiro”. E continua: “Wanderley Tavares, presidente do Republicanos do DF, condenado a 21 anos de prisão e ligado ao presidente nacional do Republicanos, o bispo licenciado da Igreja Universal e deputado federal Marcos Pereira (SP)”. Segundo o vereador, é Marcos Pereira “quem dita as cartas em Goiânia”.

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“Como que um homem condenado com 21 anos de prisão por propina está dando às cartas em Goiânia? Imoral e revela quem está interessado no Paço Municipal. Não vamos aceitar esse esquema na Prefeitura de Goiânia. Vamos investigar e denunciar todo e qualquer corrupção. Em meio a essa crise sanitária, econômica e de saúde, Goiânia não merece esse tipo de articulação política”, atacou o vereador do partido Podemos.

Demonstrando que está pronto para defender sua gestão, que começa a ter a cara do Republicanos, com troca de auxiliares ligados ao MDB de Maguito Vilela, Cruz rebateu críticas sobre influência de Wanderley Tavares nas mudanças em seu secretariado.

“O Wanderley Tavares não é secretário do Governo de Rogério Cruz. Ele é um membro do Republicanos, meu amigo, e vem me ajudando na gestão, trazendo grupos que eu preciso para trabalharmos juntos. É apenas uma pessoa que tem me apoiado com todo o conhecimento que ele tem”, alegou Rogério Cruz.

Ainda que sejam questionáveis, politicamente, as mudanças no secretariado que vem sendo feitas por Rogério Cruz, essas decisões cabem a ele e são de sua responsabilidade. A rigor, não há nada de ilegal ou irregular com os nomes escolhidos pelo prefeito. Dessa história, até o momento, fica claro que Cruz responderá aos ataques à sua gestão, o que é bom para a política e bom para Goiânia.

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