Aliados na política, Caiado e Bolsonaro divergem-se na condução da pandemia, do uso de máscara à prescrição de cloroquina para a cura da Covid – (foto: Secom)
A participação do governador Ronaldo Caiado (DEM) na reunião dos presidentes dos poderes e governadores, na quarta-feira (24) em Brasília, obteve grande destaque na cobertura da mídia. Além de suas opiniões sobre o evento e a gravidade da pandemia no estágio que se encontra, o governador entrou no “radar” dos jornalistas principalmente pela ousadia de defender seu decreto lockdown em Goiás, nas “barbas” do presidente Jair Bolsonaro, que coordenou o evento. Ainda que de forma respeitosa e educada, como sempre faz nestas ocasiões.
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O decreto editado pelo governador há duas semanas estabelece a forma 14 x 14 – de 14 dias de comércio fechado por igual período aberto. O tom de espanto da mídia foi, naturalmente, pelo fato de o democrata ser aliado de Bolsonaro, que nunca escondeu sua posição contrária a este tipo de ação, como instrumento de combate à pandemia.
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Porém, vale a ressalva de que mesmo sendo aliado do governo de Jair Bolsonaro, Caiado sempre estabeleceu certo limite de concordância com as posições do presidente. Vejamos alguns exemplos: Bolsonaro sempre considerou desnecessário o uso de máscara em eventos com a participação de grupos de pessoas, Caiado nunca apareceu em nenhum ato sem o uso do equipamento; Bolsonaro sempre desprezou a importância das vacinas como forma de evitar a disseminação do vírus, enquanto o governador Caiado foi sempre um defensor fervoroso da vacinação em massa da população, tão logo o País tenha disponibilidade do imunizante.
Há outros aspectos nos quais as posições do democrata sempre foram antagônicas às de Bolsonaro, principalmente em temas relacionados com a Medicina. Desde o simples ato de higienizar as mãos com álcool em gel para se proteger do vírus, ao uso de cloroquina para tratar a Covid-19. Portanto há que se fazerem tais ressalvas ao analisar o apoio de Caiado ao governo de Bolsonaro.
