A força-tarefa instaurada em Goiás para mapear e fiscalizar as cerca de 9 mil barragens do estado começou, na quarta-feira (31), a inspeção na barragem de rejeitos de minérios em Crixás. Conforme com a secretária do Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, a empresa responsável pelo local disse que no local não há substâncias químicas nocivas à saúde.
Andrea afirma que esta questão, bem como a segurança do barramento ainda devem ser analisadas. “Sempre é preocupante você ter uma comunidade abaixo de um barramento, então é preciso que use os meios de segurança, de qualidade e tudo aquilo que for necessário seja adotado”, disse a secretária.
A visita ocorreu na quarta-feira, no município de Crixás. No local, a força tarefa – integrada pelo Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Meio Ambiente – acompanhou o trabalho de campo na Mineração Serra Grande.
A ação da força-tarefa faz parte do Plano de Segurança de Barragens que está sendo organizado sob a coordenação da secretaria. O objetivo é fazer a classificação de risco de todas as barragens do estado, indicando alternativas para aprimorar a segurança das populações que moram nas regiões onde os barramentos foram instalados.
De olho nas barragens
Uma força-tarefa foi lançada na terça-feira para elaborar um plano de segurança e mapear cerca de 9 mil barragens identificadas por imagem de satélites, em Goiás. De acordo com a Secretária de Meio Ambiente, Andrea Vulcanis, nove municípios têm reservatórios com maior potencial de risco, mas sem perigo iminente de acidente.
O objetivo do governo é prevenir rompimentos como o que aconteceu em Brumadinho (MG). Conforme a secretária, a maior parte das barragens são de água.
Os municípios de maior risco são Crixás, Catalão, Alto Horizonte, Ninquelândia, Barro Alto, Caldas Novas, São Simão, Caçu e Rio Verde. Em Goiânia, segundo a gestora, o reservatório João Leite possui um baixo risco, por ser monitorado 24h por dia, mas um alto potencial de dano devido à localização.
“Nós temos identificadas, por imagem de satélite, em torno de 9 mil barragens, podendo ser mais. Destas, 11 são de rejeitos de mineração. As demais são reservatórios de água usados para fins diversos, abastecimento, hidrelétrica, etc. A ideia é mapear todas elas, criar um cadastro para termos um controle sobre o que é feito e como é feito, para garantir a segurança da população”, disse Andrea.
Fonte: Jornal do Vale