Decisão acontece após quase cinco anos do acidente com o brinquedo giratório Twister que deixou mais de 10 pessoas feridas

Prefeitura de Goiânia ainda não recebeu intimação da sentença e aguarda notificação para análise e tomada de eventuais providências sobre o funcionamento do Mutirama | Foto: Prefeitura de Goiânia
Por: Marcelo José de Sá – Editor-Presidente e Diretor-Geral do Site do jornal Espaço
A Justiça de Goiás decidiu, nesta quinta-feira (19/5), interditar por tempo indeterminado o Parque Mutirama, em Goiânia. A decisão aconteceu após quase cinco anos do acidente com o brinquedo giratório Twister que aconteceu em 2017 e deixou aproximadamente 11 pessoas feridas.
Conforme consta na sentença, o local deve ser interditado até que seja comprovada a manutenção de todos os brinquedos do parque, por meio de vistoria e perícia.
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Além disso, as manutenções devem obedecer as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas e a segurança do local deverá ser periciada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de Goiás (Crea-GO).
De acordo com a Procuradoria-Geral do Município (PGM) de Goiânia a prefeitura ainda não recebeu intimação da sentença “e aguarda notificação para análise e tomada de eventuais providências e recursos judiciais cabíveis”.
A decisão, segundo a Prefeitura de Goiânia, não deve afetar o funcionamento do abrigo montado no local para acolher pessoas carentes durante a onda de frio na capital.
A juíza Marina Cardoso Buchdid, que determinou a interdição, justifica que o Parque Mutirama foi aberto e está em pleno funcionamento desde 2020 mesmo sem qualquer comprovação das providências efetuadas nos brinquedos.
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A magistrada também considerou improcedente a solicitação do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) quanto a implantação do novo sistema de venda de bilhetes afim de evitar fraudes pela operação ‘Multigrana’.
“Não se sabe sequer se o Parque Mutirama será reaberto”, disse a juíza.
O sistema de bilheteria é uma medida do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que denunciou suposto desvio de cerca de R$ 2 milhões na venda dos ingressos do Parque Mutirama e do Zoológico de Goiânia.